*Redação
**Colaborou Gorbi Junk, de Curitiba
O Ministério Público do Trabalho (MPT) acompanhou as evidências em que a GTFoods se tornou foco do novo coronavírus em Paranavaí, noticiado em primeira mão por este site no Paraná, e informou que a empresa concordou em paralisar suas atividades voluntariamente, por 14 dias, após três óbitos relacionados à covid-19, sendo dois funcionários e um familiar. Mas não foi um caso isolado entre trabalhadores deste abatedouro de aves.
Também foram constatados focos de coronavírus em trabalhadores do Frigorífico da JBS, unidade de Passo Fundo- RS, que sofreu intervenção na última sexta-feira (24) onde ), foram detectadas situações semelhantes de contaminação envolvendo outras marcas, em diferentes cidades e Estados. Levantamento do MPT, grupos de funcionários testaram positivo em dois frigoríficos de Lajeado, Minuani e BRF. Ainda em RS, houve detecção em frigoríficos de Garaibaldi, Marau e Serafina Correa.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), instituição que representa frigoríficos associados de aves e suínos, emitiu comunicado reforçando as medidas preventivas implementadas pelas empresas do setor. "Antes mesmo do início da adoção da quarentena em vários Estados de todo o país, as empresas associadas adotaram medidas preventivas necessárias para proteger e prevenir, ao máximo, o risco nas unidades de produção", diz trecho da nota.
Confira abaixo a íntegra da nota da ABPA
"A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que, juntamente com seus associados, está monitorando por meio de diversos comitês temáticos constituídos para o enfrentamento da crise de Covid-19, onde são definidos e constantemente atualizados protocolos para a preservação da saúde dos colaboradores e de todos os envolvidos no sistema produtivo.
Antes mesmo do início da adoção da quarentena em vários estados de todo o país, as empresas associadas adotaram medidas preventivas necessárias para proteger e prevenir, ao máximo, o risco nas unidades de produção.
Essas medidas incluem o imediato afastamento de todos os colaboradores identificados como grupo de risco (com idade acima de 60 anos, doenças pré-existentes e outros), a intensificação das ações de vigilância ativa nas unidades frigoríficas e monitoria da saúde dos trabalhadores (com a verificação constante de temperatura), entre outras iniciativas.
As empresas reforçaram todos os cuidados recomendados pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde – grande parte destes cuidados já eram rotina. E, de forma adicional, incluiu várias outras medidas preventivas, como, por exemplo:
- Aumento da rotina de higienização de todos os ambientes dentro e fora do frigorífico, como o transporte e outros;
- Adoção de medidas contra a aglomeração, com a redistribuição de horários de refeição e contratação de mais veículos de transporte;
- Monitoria constante do estado de saúde dos trabalhadores enquanto estão no espaço do frigorífico;
- Reforço nas orientações de cuidados para a saúde por meio de orientações diretas, folhetos e outras formas de comunicação interna.
O nosso setor faz parte do rol de atividades essenciais ao país. Para que possamos garantir a produção de alimentos seguros e a oferta de alimentos para a população, a saúde das equipes é prioridade indiscutível. Sabemos de nossa missão e trabalharemos para que não falte alimentos para as famílias de todo o país."
Com informações da Gaúcha Zero Hora
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